Moustiers Sainte-Marie – provence alpes costa azul – sul da França

Moustiers Sainte-Marie – provence alpes costa azul – sul da França

Moustiers-Sainte-Marie é uma comuna francesa na região administrativa da Provença-Alpes-Costa Azul, no departamento dos Alpes da Alta Provença. Estende-se por uma área de 88,0 km². Pertence à REDE DAS AS MAIS BELAS ALDEIAS DE FRANÇAWikipédia

Moustier”, significa monastério na idade média.

Monastério hoje se pronuncia Monastère

Uma das aldeias mais bonitas da França

Desde 1981, Moustiers Sainte-Marie é listada como uma das aldeias mais bonitas da França. A igreja, as antigas muralhas da aldeia, as capelas, o aqueduto, as fontes representam uma aliança de água e pedra.

As cores pastel dos azulejos e das pedras calcárias criam um conjunto arquitetônico vivo, completo.

Ao caminhar pelas ruas estreitas da cidade vemos várias lojinhas provençais vendendo faiança (é uma forma de cerâmica branca), mas também azeite, azeitonas e lavanda. Cultivados na região. 

Moustiers-Sainte-Marie faz parte do Parc Naturel Régional du Verdon, (parque regional natural de Verdon) que se estende pelos departamentos de Var e Alpes de Haute Provence e abrange 46 cidades e vilas e sete tipos de paisagem principais. 

O ecossistema diversificado do parque possui um patrimônio natural muito rico e variado.

Inclui abutres, morcegos, cabras da montanha, ovas e sua própria flora endêmica. 

A sede do parque natural regional de Verdon está localizada nos arredores da vila de Moustiers.
www.parcduverdon.fr Outra paisagem de tirar o fôlego!!

Moustiers-Sainte-Marie tem suas raízes na estreita relação entre o homem e o meio ambiente. A aldeia rodeada por colinas plantadas com oliveiras está localizada na entrada para Gorges du Verdon.

A Vila é um Charme!!!

Moustiers também está localizada dentro do Géoparc de Haute Provence da UNESCO, uma reserva natural listada pela Unesco que inclui 60 cidades e vilarejos nos Alpes de Haute Provence. 

Existem inúmeros sítios naturais e geológicos para explorar e aprender mais sobre os 300 milhões de anos de história da Terra.
www.geoparchauteprovence.com

 HISTÓRIA

Já em 30 000 aC, os humanos percorriam as planícies e procuravam abrigo nas cavernas acima de Moustiers, como atestam as cenas de caça descobertas no Planalto de Ségriès.

Na Idade do Bronze, as tribos de ligure ocuparam os planaltos e construíram povoações fortificadas chamadas «oppida».

Muito mais tarde, no século V, monges da abadia de Lerins se estabeleceram em cavernas de travertino e fundaram um mosteiro – daí o nome «Moustiers»

 A história da aldeia está intimamente ligada às comunidades monásticas que muitas vezes tiveram que suportar invasões e pilhagens.

A história da aldeia está intimamente ligada às comunidades monásticas que muitas vezes tiveram que suportar invasões e pilhagens.

O DESENVOLVIMENTO DE ACORDO COM OS ALTOS E BAIXOS DA HISTÓRIA

As invasões mouras dos séculos X e XI fizeram com que os residentes da região se escondessem nas cavernas para proteção. Mas é nos séculos XII e XIII que fortificações e casas são erguidas, enquanto moinhos são construídos no córrego Adou.

Com o desenvolvimento das indústrias movidas a energia hidráulica no século XVI (curtumes, fábricas de papel etc.) a vila realmente começa a florescer. Mas no início do século XVII o mau tempo destrói as infra-estruturas e a aldeia volta a perder grande parte da sua população.

Do final do século XVII até o século XIX, a arte da cerâmica floresceu . Em 1927, Marcel Provence restaura o forno da aldeia e revive a indústria da cerâmica.

Hoje, Moustiers tem cerca de 700 habitantes. 

O núcleo de sua economia é baseado no turismo e na tradicional indústria de cerâmica.

A economia da cidade se articula em torno do turismo e da produção de cerâmica, uma tradição que teve início já na Idade Média, mas ganhou impulso com um homem chamado Pierre Clérissy, a quem um monge italiano de passagem pelo Monastério da Comunidade de Lérins confiou o segredo da produção do esmalte branco, no ano de 1668.

Quando Luís XIV, o “Rei-Sol”, ordenou que toda louça de ouro e prata fosse fundida para reforçar o tesouro real, a Europa toda se voltou para a cerâmica de Moustiers, que ganhou fama internacional e teve seu auge.

Essa produção só seria interrompida no início do século XIX, quando a porcelana inglesa virou moda.

Em 1927, um cidadão local chamado Marcel Provence acendeu novamente um forno de cerâmica na cidade, numa tentativa de reavivar sua imagem de grande produtora mundial. Tudo bem que a cerâmica de Moustiers não recuperou a glória de outrora, mas o esforço não foi em vão: atualmente a cidade conta com cerca de vinte ateliês que mantêm acesa a tradição.

A LENDA DA ESTRELA

Moustiers evoca o presépio: confinada entre duas saliências rochosas, uma estrela domina a aldeia em grande altura …

Segundo Frédéric Mistral, a estrela um voto dedicado a Santa Maria e ali colocado pelo cavaleiro Blacas, quando voltou vivo das Cruzadas, para prestar homenagem à Virgem.

Outras versões falam sobre histórias de amor, os Três Reis ou Cavalaria … Embora existam muitas versões sobre a origem da estrela, nenhuma foi verificada. 

Mas a primeira versão é mais difundida… O agradecimento do cavaleiro à Virgem pelo seu retorno das cruzadas…

O mistério permanece total sobre a origem e o significado da estrela acima de Moustiers …

A estrela que vemos hoje foi feita em 1957. É a décima primeira a ficar suspensa acima do Caminho dos Coss. 

Em 1995, ele estava coberto de folhas de ouro após sua queda e colocado de volta acima de Moustiers. O tamanho da estrela, que originalmente tinha cinco pontas, mudou com o tempo, hoje mede 1,25m, a corrente tem 135m de comprimento e pesa 150kg no conjunto.

A lenda do Cavaleiro de Blacas

A lenda do Cavaleiro de Blacas nos conta sobre um membro da família Blacas (de Aups) que fez as Cruzadas durante o século XII. 

Ele se tornará um prisioneiro dos sarracenos. Durante sua prisão, o califa tentará converter o cavaleiro ao islamismo. 

Apesar de seus esforços, o cavaleiro não se curvará e o califa o libertará.  De volta a Moustiers-Sainte-Marie, o Cavaleiro de Blacas colocaria uma estrela acima da Capela de Notre Dame para agradecer à Virgem Maria por tê-la sobrevivido. 

Esta lenda foi oficializada em 1885 por Frédéric Mistral, fundador do movimento Félibrige (para restauração e preservação das tradições provençais).

A Estrela e suas Histórias

Existem outras explicações para esta estrela. Fala-se de 2 amantes cujas famílias eram inimigas. Eles foram proibidos de se amar e cometeram suicídio. A estrela teria sido um sinal de reconciliação entre as 2 famílias após esta tragédia.

Esta também parece ser bem provável: a estrela teria sido colocada acima da aldeia pelos próprios moradores, para manter a proteção da Virgem Maria sobre eles e sua aldeia.

Mais mistério?

Dentro da nossa Igreja existe uma pintura do século XV. Batizada de ”Almas do Purgatório”, ela nos ensina boas ações por um lugar melhor no Paraíso. O que vemos nesta pintura são:

Refúgio, Terra e Inferno. A parte da Terra pinta uma aldeia: é Moustiers-Sainte-Marie, reconhecível por seus 2 penhascos. Mas se olharmos entre os 2: não há estrela! Não havia estrela quando a pintura foi feita ou ela caiu?

A primeira aparição da estrela nos textos, data do século XV. Ninguém sabe quando foi colocada pela primeira vez.

A CAPELA NOTRE-DAME DE BEAUVOIR

Depois de subir os 262 degraus da Via Sacra, no flanco da colina, chega-se à capela que domina a aldeia. Os sete oratórios que no passado marcaram o caminho, foram substituídos pelas catorze Via Crucis em 1860 e foram decorados com cerâmicas de Simone Garnier.

Subida para quem tem muito preparo ou muito tempo…. fácil não….

A pequena capela foi construída no final do século XII sobre as ruínas de um templo mariano erguido no século V. Reúne um estilo românico e influências góticas do século XVI. 

Como outras capelas alpinas, a vocação do santuário de Notre Dame de Beauvoir é a “suscitação”. 

No século XVII, os bebês natimortos voltavam à vida durante o batismo. 

Suas almas poderiam então ir para o paraíso.

 A capela de Notre-Dame de Beauvoir foi listada como monumento histórico em 1921.

AS FONTES

Como em qualquer outra aldeia típica provençal, as ruas estreitas de Moustiers são dotadas de fontes de água potável, acessíveis a todos.

As pequenas praças têm lavanderias magníficas onde costumavam ir as lavadeiras.

CHECK-OUT:  Moustiers Sante Marie é um dos lugares mais lindo da Provence, aconchegado nas base de um penhasco elevado, alinhada em ambos lados de um vale do rio, sendo o ponto principal da vila é a fama da  Chapelle Notre Dame de Beauvoir. Uma escada em espiral vai te levar até a igreja para podermos desfrutar de uma das belas vistas épicas sobre as planícies ao redor. Não esquecendo da vista da “Estrela” e do Charme de sua ruelas….

REFERENCIAS:

Posto de Turismo,

MOUSTIERS-SAINTE-MARIE

Place de l’Eglise

04360 Moustiers-Sainte-Marie

Contato por email

+33 (0) 4 92 74 67 84

GPS: 43.846005, 6.221435

https://www.moustiers.fr/fr/blog/2018/12/01/chapelle-dame-beauvoir

https://www.moustiers.fr/en/moustiers-sainte-marie

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