Bonnieux – Provence – Sul da França

Bonnieux – Provence – Sul da França

BONNIEUX – PROVENCE ALPES COSTA AZUL – SUL DA FRANÇA

Bonnieux é uma comuna francesa na região administrativa da Provença-Alpes-Costa Azul, no departamento de Vaucluse. Estende-se por uma área de 51,12 km², com 1417 habitantes, segundo os censos de 1999, com uma densidade de 27 hab/km². (Wikipédia)

Bonnieux é uma das vilas mais famosas do Luberon. Bonnieux foi construída na encosta norte do Luberon. Ao pé da aldeia, a norte, encontra-se o vale Calavon, delimitado pelos Monts de Vaucluse, no meio do qual se avista a colina de Roussillon e os seus ocres .

Bonnieux enfrenta a aldeia de Lacoste , estão frente a frente…. as duas aldeias parecem se encarar.

Bonnieux é uma das aldeias Luberon das mais impressionantes, em tamanho e amenidades, com muitos restaurantes e cafés para escolher, um mercado realmente bom, até mesmo um museu de padaria!

A vista de Bonnieux é maravilhosa, do fundo do vale com sua colcha de retalhos de pomares e vinhas, em direção à vila igualmente pitoresca de Lacoste, do outro lado do planalto Vaucluse.

A aldeia de Bonnieux está localizada na entrada do cruzamento entre o Petit Luberon e o Grand Luberon. Por Bonnieux passa a única estrada que liga a encosta norte à encosta sul do maciço de Luberon, para chegar à aldeia de Lourmarin .

A arquitetura de Bonnieux, cidade papal por cerca de 500 anos, atesta o prestígio de seus habitantes ao longo dos séculos: dignitários eclesiásticos, condes, senhores …

até os tempos modernos do século XIX.

Menos turística que Gordes, a vila manteve toda a sua autenticidade, as suas ruas íngremes, as suas fontes e lavatórios, a sua velha igreja – ou igreja superior, uma mistura de românico e gótico – e uma vista que vale a pena … ver!!!! kkkk

A arte de viver à maneira provençal, é o que esta aldeia mostra ao longo do ano graças à vida local e à multiplicidade de acontecimentos, sem esquecer o seu atraente mercado organizado todas as sextas-feiras de manhã na praça principal da aldeia.

É bom passear nesta bela vila pendurada no Luberon! Lindas casas, lojas para sua diversão, vistas incríveis de Lacoste e pores do sol de tirar o fôlego!

HISTÓRIA

A terra de Bonnieux foi ocupada pelo menos desde o Paleolítico, a julgar pelos restos encontrados em diferentes locais.

No primeiro século, seu vasto território era atravessado pela estrada romana (Via Domitia) que ligava a Espanha à Itália; era uma das estradas mais importantes da Europa Ocidental.

A famosa Pont Julien, construída na era agostiana (27 AC – 14 DC) na Via Domitia – conhecida como “camin romieù” em provençal.

Na Idade Média, o povo de Bonnieux vivia sob a proteção do senhor, no local do castro primitivo cercado por muralhas (os Castellas) pertencentes à poderosa família de Agoult.

O território então passou para os Condes de Toulouse

No século XII, foi erguida a igreja paroquial Saint-Sauveur; este edifício será ampliado e transformado ao longo dos séculos.

Hoje é chamada de “Igreja Velha” e classificada pelo Edifício Histórico.

UMA TERRA PAPAL

A partir de 1274, Bonnieux tornou-se um território pontifício administrado por Roma ou por Avignon.

Bonnieux tinha um status muito especial, fora do reino da França.

Por vezes residência forçada para dignitários eclesiásticos, a aldeia contava então com 3500 habitantes e ainda beneficiava de importantes privilégios concedidos pelo Raimond, conde de Toulouse em 1247.

O brasão da aldeia é o reflexo deste período próspero.

Mas sucessivas pragas e guerras religiosas dizimaram a região.

Cinco séculos de administração romana (além do curto episódio dos papas em Avignon) deram forma ao caráter original deste lugar onde, a partir do século 18, as confrarias prosperaram e eventualmente competiram.

Bonnieux torna-se francês com a anexação dos dois estados de Avignon e Comtat Venaissin em 1791.

Em 1793, a convenção criou o condado de Vaucluse.

No século 19, grandes obras mudaram definitivamente a aparência da vila.

FONTES BONNIEUX

Em meio às casas do século 19, antigas paredes de pedra e fortificações medievais, há várias fontes e lavatórios antigos. A Fonte Dolphen (também conhecida como Grande Fontaine ) na Rue de la République é um bom exemplo. A grande fonte de torneira dupla na Place du 4 de setembro foi construída no século 16.

IGREJAS DE BONNIEUX

DOMINANDO O VALE, O LOCAL ONDE SE ERGUE A IGREJA DE BONNIEUX TEM UM RICO PASSADO, JÁ EM TEMPOS PRÉ-HISTÓRICOS, ERA O LOCAL ONDE SE LOCALIZAVA UM OPPIDUM – (um grande assentamento fortificado da Idade do Ferro ).

Chamada de ‘nova igreja’ pelos habitantes locais, foi construída em 1870.
A igreja original do século 12, de onde os Cavaleiros Templários partiram para as cruzadas, encontra-se no topo da vila, e permanece ainda hoje como um marco icônico de Bonnieux.

No século 19, os moradores começaram a descer do topo de Bonnieux, quando as pragas e perseguições cessaram.

Demorou 10 anos até chegar a um acordo sobre a construção da nova igreja, um debate possivelmente balançado por um atestado médico afirmando: “a velha igreja é tão insalubre que causa 80 casos de resfriado, catarro, doenças de estômago e reumatismo por ano”.

Essa foi das boas!!!

A velha igreja e alta igreja como é chamada pelos habitantes de Bonnieux, de construção do século XIX século, se eleva a 429 metros acima do nível do mar, acessada por uma escada de 86 degraus .

Já a Nova Igreja, dedicada a São Gervais e São Protais, ergue-se sobre um promontório rochoso a uma altitude de 425 m, acessível por uma escadaria também de 86 degraus protegida por cedros centenários.

A parte mais antiga da igreja é românica, a Capela de Saint Sauveur, e foi construída no século XII pelos Templários.


A aparência geral atual do edifício é gótica.

Esta igreja está classificada como monumento histórico desde 1980.


Hoje, é usada principalmente para missas dominicais, cerimônias, casamentos ou funerais.

Também acolhe alguns concertos durante o verão.

A PONTE JULIEN, UMA ANTIGA PONTE ROMANA

A Ponte Julien está localizada na planície a poucos quilômetros do centro da vila de Bonnieux. É uma ponte antiga, uma das mais bem preservadas da Gália Romana.

Ele cruza o Rio Calavon, um rio de fluxo intermitente, na maioria das vezes seco, mas seu fluxo pode aumentar drasticamente durante as fortes chuvas de outono ou primavera.

A Ponte Julien é uma bela estrutura de engenharia civil, destacando-se ao longo da antiga Via Domitia, uma importante rota comercial que liga a Itália à Espanha através do sul da Gália. A construção da ponte romana foi concluída em 3 aC.

Seu nome vem da colônia romana Apta Julia, o nome romano para a cidade de Apt, cerca de dez quilômetros.

Os pilares da ponte Julien parecem ter crescido através das rochas aflorantes do leito do rio.

Podemos imaginá-los profundamente enraizados no solo calcário. Os furos continham grampos de bronze para conectar os blocos de pedra e solidificar a estrutura

Eles desapareceram há muito tempo e os blocos perfeitamente ajustados sem argamassa resistiram ao teste do tempo e do clima. Um show!!!

Uma nova ponte moderna foi construída em 2005 para o tráfego de veículos. Depois de mais de 2.000 anos de serviço, a Ponte Julien é hoje a atração de muitos visitantes a pé ou de bicicleta, que vêm parar e admirar o perfeito equipamento e elegância deste monumento deixado pelos romanos.

A FLORESTA DE CEDROS LUBERON

A Floresta de Cedros está localizada acima de Bonnieux, na crista do Petit Luberon, que se eleva a uma altitude de 720 metros.

No século 19, o planalto do Petit Luberon foi degradado pelo pastoreio intensivo de rebanhos de ovelhas. Em 1861, essa área foi plantada com sementes de cedro coletadas no Atlas Médio da Argélia.

Observem o lugar…. Uma pintura!!!!

O cedro Atlas é uma espécie resistente à seca e ao fogo e tem uma longa vida útil, às vezes vários séculos. Em 1952, durante o grande incêndio no Petit Luberon, apenas a floresta de cedros foi poupada.

Os cedros reproduzem-se e a floresta estende-se desde a década de 1920 até aos dias de hoje em uma área de 250 hectares. Os cedros originais são agora veneráveis centenários que se impõem por sua majestade e proporcionam sombra benéfica no verão e uma beleza indescritível.

TORRE PHILIPPE

Torre Philippe em Bonnieux, um edifício neo-medieval construído por volta de 1885 por Philippe Audibert.

A torre foi construída por um habitante de Bonnieux, Philippe Audibert, um artista original (grand prix de Rome para escultura) e sonhador.

Ele empreendeu esta construção de estilo neo-medieval, por volta de 1885, porque queria “ver o mar”.

Infelizmente, Philippe Audibert foi atingido por um derrame aos 64 anos.

Seu cunhado herdou a propriedade e interrompeu a construção da Torre. Portanto, não vemos o mar, mas podemos ver a lagoa de Berre. Meio caminho andado!!!

O monumento, que não pode ser visitado, atrai toda a atenção de visitantes e curiosos no caminho para o Bosque dos Cedros.

VISAGES VILLAGES, UM DOCUMENTÁRIO ENCANTADOR

Indicado ao Oscar, filme de Agnès Varda e JR (escritores e diretores), retrata viagem da dupla pela França em um caminhão adaptado como cabine fotográfica. O título do filme é simples: Visages, Villages. Rostos, vilarejos. O projeto é uma parceria do fotógrafo JR e da cineasta Agnès Varda, ícone do cinema francês.

  • Roteiro: Agnès Varda, JR.
  • Fotografia: Roberto de Angelis, Claire Duguet, Julia Fabry, Nicolas Guicheteau, Romain le bonniec, Raphaël Minnesota, Valentin Vignet.
  • Montagem: Agnès Varda, Maxime Pozzi Garcia.
  • Música: Matthieu Chedid.
  • Produtora: Rosalie Varda Bulut.

As faces e as aldeias francesas registradas por Agnès Varda e JR

Um “personagem” do documentário resume: “A arte é para incomodar”. Se é isto, “Visages, Villages” cumpre sua parte.

Jacky Patin que passou 33 anos como carteiro em Bonnieux, foi imortalizado na aldeia pelo fotografo de plástico JR.

Agnès Varda costuma dizer que sua assistente principal sempre foi o acaso.

Foi assim que ela cruzou, literalmente, com Jacky Patin.

Nós nos conhecemos há mais de 20 anos”, disse o carteiro ao “La Provence”.

“A casa dela, em Bonnieux, estava no meu tour, eu trouxe a correspondência dela, aos poucos fomos nos conhecendo.

Ela é tão legal. Até dei um quadro para ela, porque sou um pintor amador”

CHEKOUT:  Bonnieux, no topo de uma colina, tem seus encantos em becos e detalhes barrocos e renascentistas. Com evidencias de um passado rico – século 16, em seus cafés e adros, se observa muita paz, que HOJE é marca constante nas visitas às aldeias na Provença.

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