INHOTIM – Brumadinho -Brasil

Agora sim!.  Quando nos perguntarem se fomos…. A resposta esta ai. E olha, valeu muito a pena!!!!

O Instituto Inhotim é a sede de um dos mais importantes acervos de arte contemporânea do Brasil e considerado o maior museu a céu aberto do mundo. Está localizado em Brumadinho, uma cidade com 38 mil habitantes, a apenas 60 quilômetros de Belo Horizonte. Situado em Brumadinho, Inhotim ocupa uma área de 45 ha de jardins parte deles criada em colaboração com o paisagista brasileiro Roberto Burle Marx com uma extensa coleção botânica de espécies tropicais raras e um acervo artístico de relevância internacional. O Instituto impressiona seus visitantes com seu magnifico jardim botânico e seu centro de arte contemporânea. 

O Inhotim possui mais de 500 obras de arte contemporânea em exibição, com um acervo avaliado em cerca de R$ 2 bilhões. As peças são distribuídas em 19 galerias permanentes e quatro temporárias. Algumas obras, como os fusquinhas “Troca-Troca” de Jarbas Lopes, são expostas ao ar livre, integradas ao paisagismo. Mais dados sobre os “Fuscas” na sequência do post…

Presença confirmada, mapa na mão e prontos para Caminhar por sua enorme área, que ostenta uma das maiores coleções de espécies vivas entre todos os jardins botânicos do país. É uma experiência única.

Mas é pela arte que o Inhotim ganhou notoriedade. Mais de 20 galerias abrigam obras de 85 artistas de 26 diferentes nacionalidades: instalações, esculturas, desenhos, fotos e vídeos que chocam, encantam e estimulam a participação do visitante.

Mas os Jardins….. Um show a parte!!!

Como chegar a partir de Belo Horizonte?

Se você está de carro, o caminho até Brumadinho é bem sinalizado. O trajeto mais fácil é sair pela BR 381 Fernão Dias, sentido Betim. Da área central de Belo Horizonte até o Inhotim são cerca de 75 km.

POR ONDE COMEÇAR NO INSTITUTO INHOTIM

São três diferentes trajetos que podem ser percorridos a pé ou com o carrinho: Rota Rosa, Rota Laranja e Rota Amarela. Como o museu é bem grande e para sua visita ser produtiva seria interessante imprimir esse mapa (está disponível no site) e já marcar os principais atrativos que gostaria de ver.

Como se locomover em Inhotim

Como a área é enorme, o parque disponibiliza carrinhos elétricos por R$ 28;00 o dia, que operam rotas definidas e pegam passageiros em pontos espalhados pelo parque. Há ainda a versão exclusiva do serviço: um carrinho com motorista, que custa R$ 500 o dia ou R$ 200 a hora. Vale dizer, esse transporte é dispensável – utilize-o se for conhecer as atrações mais distantes. Nós usamos.

ONDE COMER EM INHOTIM

Em Inhotin, os visitantes contam com várias opções de alimentação, que vão de pequenos lanches a pratos internacional.

  • Restaurante Tamboril de culinária internacional integrado aos jardins do Inhotim. Nosso almoço foi melhor que a expectativa. Nada muito diferente, mas garantiu a energia necessária para o segundo tempo de visita.
  • Restaurante Oiticica: Com vista para o lago, o Restaurante Oiticica oferece refeições self-service
  • Hamburgueria: Para quem já está no alto da rota laranja do mapa, o hambúrguer artesanal do Galpão (G11) é uma opção deliciosa para quem quer descansar e comer um lanche reforçado. Tem também opção vegetariana para quem preferir.
  • Casa De Sucos:Perto da Galeria Rivane Neuenschwander (G13), dê uma pausa no seu passeio para se refrescar! O local serve sucos variados, água de coco e creme de açaí.
  • Café Das Flores: O Café das Flores oferece as melhores cervejas harmonizadas com petiscos e pratos feitos pela Chef Dailde Marinho. No local, é servido o delicioso pão de queijo artesanal da Chef (simples ou recheado com pernil), baguetes de pernil e vegetariana; salada e o bolo de chocolate para enriquecer a sua experiência no Inhotim!
  • OOP Café:  Depois de visitar a obra “True Rouge” (1997), não deixe de passar no OOP Café. O cardápio oferece cookies, doces e cafés diversos.
INFORMAÇÕES : www.inhotim.org.br      info@inhotim.org.br

Na sequencia, seguem algumas das inumeras atrações, com descritvos mais detalhados….

SONIC PAVILION

Pavilhão de vidro e aço, revestido de película plástica; poço tubular de 202 m de profundidade,
microfones e equipamento de amplificação sonora…

Ouvir o som do aquém do além….

Sonic Pavilion [Pavilhão sônico] é uma obra site-specific desenvolvida a partir de uma ideia pré-existente e resultado de um processo de cinco anos, entre pesquisa, projeto e construção. A obra se fundamenta num princípio bastante simples, embora ambicioso e de complexa realização. Trata-se de abrir um furo de 200 metros de profundidade no solo, para nele instalar uma série de microfones e captar o som da Terra. Este som é transmitido em tempo real, por meio de um sofisticado sistema de equalização e amplificação, no interior de um pavilhão de vidro, vazio e circular, que busca uma equivalência entre a experiência auditiva e aquela com o espaço. Doug Aitken encontrou em Inhotim não apenas as condições técnicas para o desenvolvimento da obra, mas também um contexto onde o trabalho fizesse sentido. Ao trabalhar em relação com a natureza e na escala da paisagem, a obra se torna herdeira dos Earthworks (Terraplanagem, sons da terra) dos anos 1960 e 1970.  No entanto, aqui está afinidade é renovada ao introduzir elementos sonoros e de tecnologia. Achamos muito legal, mais nossa cara…. bastante diferente e intrigante.

GALERIA ADRIANA VAREJÃO

A Galeria Adriana Varejão, projetada pelo escritório Tacoa Arquitetos Associados, desde o início nasceu para acomodar dois trabalhos da artista adquiridos pelo museu e exibidos na fundação Cartier: a escultura Linda do

O projeto deu tão certo que durante o seu desenvolvimento, a artista integrou outras quatro peças no edifício, duas delas especialmente concebidas para ele. É um prédio em uma situação singular, pois em primeiro lugar foi pensado para um trabalho específico, e, em segundo, localiza-se no fundo do terreno, inserido no meio de um parque. “Livre do ônus que existe normalmente em um museu, ele não precisa dar conta da bilheteria, do auditório ou da lojinha. Nada disso faz parte do seu programa, o que nos concedeu certa autonomia para projetá-lo como pura experiência estética”, reflete Rodrigo Cerviño Lopez…. É…. para quem admira e viaja nesta arte…. parece interessante.


As viagens, o compartilhamento de experiências, o movimento está em constante evidência no trabalho de Jarbas Lopes. Troca-troca (2002) é uma obra composta por três fuscas coloridos, com latarias permutadas entre si. Um sistema de som interliga os três carros. Com o Troca-troca (2002), Jarbas Lopes realizou uma primeira viagem, do Rio de Janeiro a Curitiba, em 2002.

O artista convidou oito amigos para fazer o trajeto que culminaria na chegada ao Museu de Arte Contemporânea do Paraná. No caminho, colaram adesivos produzidos a partir do arquivo de palíndromos (são frases ou palavras que podem ser lidas, indiferentemente, da esquerda para a direita) do artista Luis Andrade, nos pára-brisas dos carros que encontravam na estrada. Em 2007, após passarem por restauro, os carros do Troca-Troca novamente ganharam a estrada, dessa vez de Belo Horizonte a
Brumadinho, depois de percorrer as comunidades do entorno.

Mais uma vez estacionados nos jardins de Inhotim,os objetos-carros guardam as histórias dessas viagens, dos amigos que os ocuparam, das músicas que ouviram em conjunto. Os carros encontram-se ocasionalmente parados, mas prontos para dar partida em seus motores, tendo ocupado diferentes localizações no parque.

Coisa bem diferente…. Arte imaginativa… Gostamos muito…

Tamboril Ficha técnica Nome científico: Enterolobium contortisiliquum. Origem: Brasil. Referência no mapa: B1. Localização no Inhotim: Eixo Amarelo.

Árvore icônica do Inhotim, o Tamboril está localizado na área central de visitação e possui entre 80 e 100 anos. Com uma copa ampla e frondosa, proporciona ótima sombra no verão para quem precisa de uma pausa na caminhada. Quando adulta, pode alcançar 35 metros de altura e sua madeira, de corte macio, é utilizada para a fabricação de barcos e canoas. É conhecida também como “orelha-demacaco”, uma referência à sua vagem negra e contorcida, cuja forma se assemelha à de uma orelha. Assemelha à de uma orelha.

Como não admirar…. Linda!

OS BANCOS DE HUGO FRANÇA

Resíduo florestal: É esse nome requintado que ironicamente define a matéria-prima predileta do designer Hugo França. Das mais de 1.000 já produzidas até hoje, 98 estão no Inhotim, detentor da maior coleção de trabalhos do designer.

É impossível caminhar pelo parque e não notar essas incríveis estruturas de apelo sustentável. Rústicas, mas muito aconchegantes, convidam visitantes a uma pausa, seja para descansar, contemplar a natureza ou refletir sobre alguma das 170 obras de arte em exposição. Parceiro antigo, Hugo França instalou seu primeiro trabalho no jardim ainda na década de 1990, antes mesmo da criação do Instituto, em 2006. Colocou sob a sombra do Tamboril, árvore centenária que hoje é um dos símbolos do parque, um imenso banco, substituído recentemente por um maior, também do designer. Kkkkk, momento de busca de fôlego e admiração. Boa pedida!!!

“A obra Beam Drop poderia ser traduzida como queda de vigas e foi feita com a ajuda de um guindaste que derrubou vigas de ferro em uma piscina de cimento fresco.

Beam drop Inhotim  ou “queda de viga” é a recriação de uma obra realizada originalmente em 1984 no Art Park, um parque de esculturas no Estado de Nova York e destruída três anos depois. A obra foi refeita pela primeira vez em Inhotim em 2008, depois de ter subsistido apenas como documentação por mais de 20 anos. Numa ação que poderia ser descrita como performática, durante 12 horas um guindaste de 45 metros de altura lançou em uma poça de cimento fresco as 71 vigas que compõem a obra. O resultado desta operação de alto impacto é uma escultura de grandes dimensões que ocupa o alto de uma montanha em Inhotim, que se relaciona de maneira marcante com seu entorno, criando uma visão épica em meio à paisagem. O padrão aleatório da escultura é formado pela queda das vigas, combinando o controle do artista, que mirava o guindaste na poça de concreto fresco, à violência e o acaso provocados pelo peso do material.


Para a produção de Beam drop Inhotim, foram selecionadas vigas usadas em ferros-velhos próximos a Belo Horizonte, posteriormente manobradas pelo artista, criando uma composição que remete à gestualidade do expressionismo abstrato, especialmente das pinturas de Jackson Pollock (1912-1956), que o artista aponta como referência importante da obra. A obra filia-se, também, a uma tradição de esculturas monumentais importante na arte contemporânea, mas propõe, no entanto, sua desconstrução, uma disruptura com o status core.

Para Cris Burden, artista responsável, cada viga lançada é como se fosse seu corpo caindo e batendo contra a terra, algo que remete à sua posição histórica como pioneiro da arte do corpo.

Agrupadas pelo artista sobre uma mesma base elíptica de concreto, as três esculturas de Edgard de Souza aqui  reunidas  são  apresentadas  juntas  pela  primeira vez  em Inhotim.  As esculturas são parte de uma série em  bronze fundido, que  inclui  outras peças e foi desenvolvida pelo artista ao longo da década  de 2000.  Elas representam uma figura masculina nua baseada no corpo do próprio artista e poderiam ser consideradas autorretratos, não fosse a ausência do principal elemento de identificação de um retrato:  o rosto.  Articuladas numa elegante disposição linear, as esculturas sugerem, num primeiro momento a leitura de um movimento contínuo, que se revela, numa observação mais detida, como fragmentado e sem uma óbvia relação de causa e efeito entre cada uma das poses.  

Estas são impossíveise abstratas, sugerindotanto pulsão quanto introspecção,mas  também  fragmentação  e  fusão  de  corpos. Arte intuitiva, na nossa modesta interpretação..


ELEVAZIONE- ELEVAÇÃO, 2001

Giuseppe Penone é um dos principais expoentes do grupo de artistas italianos que se destacou a partir do final dos anos 1960, reunidos sob o rótulo de arte povera. Desde o início de sua trajetória, Penone se mostrou interessado em realizar obras diretamente na natureza, associando intervenções escultóricas ao processo de crescimento de árvores. Elevazione- Elevação, 2001 pertence a uma etapa posterior de sua prática, na qual o artista tornara ainda mais complexo o diálogo com a natureza por meio do domínio de elaboradas técnicas de escultura, mas conservando a mesma dualidade entre o fenômeno artístico e o natural. A obra parte da modelagem e conseguinte fundição em bronze de uma castanheira centenária, à qual outras partes de árvores foram soldadas. A grande árvore de metal está presa ao chão por pés de aço e, plantadas ao seu lado, estão cinco outras árvores que, ao longo dos anos, irão crescer e se aproximar da escultura, como se a sustentassem e criassem um espaço arquitetônico para abrigá-la. Para a montagem em Inhotim, Penone optou por aumentar consideravelmente a distância da escultura do chão e por plantar cinco exemplares da espécie local de árvore Guaritá….. Hum….

NARCISSUS GARDEN INHOTIM (2009)

Narcissus garden Inhotim (2009) é uma nova versão da escultura-chave de Yayoi Kusama originalmente apresentada em 1966 para uma participação extra-oficial da artista na 33a Bienal de Veneza.
Diferentes versões de Narcissus garden foram criadas para exposições em museus e espaços públicos nos últimos anos e, em Inhotim, a obra faz sua primeira aparição no Brasil. Evocando o mito de Narciso, que se encanta pela própria imagem projetada na superfície da água, a obra constrói um enorme espelho, composto por centenas de pequenos espelhos convexos, que distorcem, fragmentam e, sobretudo, multiplicam a imagem daquele que a contempla –  contemplando, assim, necessariamente a si próprio.

CALEIDOSCÓPIO

Esta obra de Olafur Eliasson baseia-se nos princípios de funcionamento do caleidoscópio, gerando um efeito obtido pelo reflexo da luz em seis espelhos que formam um tubo hexagonal. O visitante é convidado a manusear esta máquina, apontando-a para um ponto de seu interesse, dentro ou fora do espaço da galeria. Por meio da sobreposição de reflexos, uma miríade de formas é revelada. Suas instalações em grande escala promovem uma recriação artificial de fenômenos naturais, reexaminando nossa percepção sobre a luz, o tempo, a gravidade, o movimento e o som, com uso recorrente de elementos como vapor, água, fogo, vento ou o sol. A escultura funciona como uma ferramenta que modifica nossa visão de mundo, e o prazer lúdico que ela proporciona é, em última instância, o prazer de sentir e perceber a nós mesmos.

Os jardins do Inhotim são singulares, com uma beleza rara e um paisagismo que explora todas as possibilidades estéticas da coleção botânica. Para além da contemplação, os jardins são campo para estudos florísticos, catalogação de novas espécies botânicas, conservação in situ (seu ambiente) e ex situ (fora de seu ambiente) e ações de educação ambiental. Em 2010, o Instituto Inhotim recebeu a chancela de Jardim Botânico, atribuída pela Comissão Nacional de Jardins Botânicos (CNJB), e, desde então, integra a Rede Brasileira de Jardins Botânicos (RNJB).

O acervo botânico do Instituto Inhotim é representado por grupos com valor paisagístico e expõe uma significativa representatividade filogenética. Ao todo, são cerca de 5.000 acessos, representando 181 famílias botânicas, 953 gêneros e pouco mais de 4.200 espécies de plantas vasculares. Tamanha diversidade faz do Jardim Botânico Inhotim (JBI) um espaço único, possuindo a maior coleção em número de espécies de plantas vivas entre os jardins botânicos brasileiros. 

O paisagismo do JBI, isto é, a disposição do acervo botânico dentro da área de visitação, explora os padrões estéticos como um instrumento de sensibilização popular sobre a importância da biodiversidade. Ainda que não possa ser enquadrado em um estilo único, alguns princípios podem ser observados no paisagismo do Inhotim, como a preferência pelo uso de grandes maciços ou manchas de espécies que tira vantagem do efeito causado pelo agrupamento.  Lindo!!!

Caminhadas Mágicas, um ar tão puro que chega a doer na Alma… um Super Show!!!!

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