Roussillon o Pálacio Ocre no Luberon – Sul da França

Roussillon o Pálacio Ocre no Luberon – Sul da França

ROUSSILLON UMA VILA DE TONS DE CORES ENCANTADORAS NO TOPO DE UMA COLINA NO LUBERON

Situado no Luberon (Maciço de pedras situado na Provençe), no sopé dos Monts de Vaucluse , o vilarejo de Roussillon é cercado por belas paisagens.

É considerada uma das vilas mais impressionantes da França – Roussillon é um dos “locais imperdíveis” do Luberon e vale bem a pena um desvio. 

Situada no coração de um dos maiores depósitos de ocre do mundo, Roussillon é famosa por suas magníficas falésias vermelhas e pedreiras de ocre.

Os tons de vermelho, amarelo e marrom da terra formam um contraste marcante com os pinheiros verdes exuberantes.

O azul vivo do céu provençal e a qualidade excepcional da luz tornam este local mágico. 

É como uma paleta de artista, com as infinitas combinações de cores que variam do amarelo ao roxo com todos os tons de rosa e vermelho entre eles. 

Situada no coração de um dos maiores depósitos de ocre do mundo, Roussillon é famosa por suas magníficas falésias vermelhas e pedreiras de ocre. 

Você conhecerá a história natural única de Roussillon ao caminhar pelos caminhos ocre.

 Ocre é um pigmento natural que se encontra no solo arenoso e que constitui as falésias em torno de Roussillon. 

Os óxidos de ferro colorem as areias com tonalidades que variam do amarelo ao violeta. 

A paisagem mineral reflete os efeitos da erosão e do trabalho de mineração realizado pelo homem. Vistas daquelas de tirar o fôlego;

O ocre tem sido usado desde os tempos pré-históricos e foi extraído pelos romanos durante a época da colonização romana da Provença. 

No entanto, o ocre só se tornou um produto industrial generalizado no final do século 18, quando o filho nativo de Roussillon, Jean-Etienne Astier, apresentou a ideia de lavar as areias carregadas de ocre para extrair o pigmento puro.

 Hoje, embora o ocre natural enfrente forte concorrência dos pigmentos sintéticos, ele permanece incomparável para uso em certas aplicações. Olha os Engenheiros buscando mais cultura!!!!

FORMAÇÃO GEOLÓGICA ORIGINAL

Formado, por informações científicas, á 230 milhões de anos, quando a Provença ainda abrigava mares e as formações permaneceram submersas por um longo, longo, longuíssimo período.

Vários milhares de metros de sedimentos foram arrastados para longe das massas de terra circunvizinhas e lentamente se acumularam no fundo do mar. 

Este sedimento formou mais tarde o calcário branco tão característico desta região – Mont Ventoux, a cordilheira de Luberon, Sainte Victoire, o desfiladeiro Verdon, os calanques etc.


Vários milhares de metros de sedimentos foram arrastados para longe das massas de terra circunvizinhas e lentamente se acumularam no fundo do mar. 

Este sedimento formou mais tarde o calcário branco tão característico desta região – Mont Ventoux, a cordilheira de Luberon, Sainte Victoire, o desfiladeiro Verdon, os calanques etc.

Então, há cerca de 110 milhões de anos, (Foi Ontem) o mar tornou-se mais profundo. 

A argila cinzenta formou um novo sedimento que se depositou no topo do calcário, criando uma formação que os geólogos mais tarde chamaram de “estratótipo Aptiano”.

Aos poucos, o mar foi enchendo.

 A água tornou-se muito rasa e turbulenta e a areia esverdeada contendo pequenos grãos minerais conhecidos como glauconita se assentou no topo da argila cinza.

Aí, há aproximadamente 100 milhões de anos, grandes convulsões ocorreram nas massas de terra ao redor do que é hoje a Provença e Após um longo período de vida marinha, a terra mudou e, a região que hoje é a Provença ficou totalmente fora d’água. Ufa!!!

Agora o clímax da explicação do OCRE:

O clima era tropical na época, as chuvas fortes e constantes lixiviaram as areias verdes na massa de terra recém-emergida. 

A contínua chuva lentamente transformou a areia verde em areias ocre, depois, muito depois em areia branca.

Primeiro, a água subterrânea produzida pelas fortes chuvas dissolveu todos os elementos da areia verde, exceto a própria areia, que era altamente resistente. Os minerais dessa solução, como a caulinita e a goethita, se cristalizaram e preencheram os espaços vazios entre os grãos de areia, criando as areias ocre.

As cores vermelha, amarela e laranja nas areias ocres continuam a ser um mistério. 

Sabemos que a goethita está envolvida, mas quais mecanismos a natureza aplicou para criar tal profusão? Sejam lá quais foram as químicas envolvidas, damos nota DEZ….. Linda criação!!!!

Ao andar pelas ruas estreitas, escadas e praças de Roussillon, nossos olhos são presenteados pelos belos pigmentos naturais usados ​​em toda a vila, nos faz imaginar de quando é o conhecimento…. acreditamos ser milenar e parabéns…. souberam muito bem em como usar este generoso presente natural. 

Em Roussillon, o homem há muito trabalha em harmonia com a natureza.

As ruas lavadas e espelhadas no tom de ocre em Roussillon, abrigam muitas galerias de arte, repletas de obras de artistas talentosos que atraem a atenção dos amantes da arte, colecionadores e transeuntes quando visitam a vila. Nós verificamos várias delas….

Roussillon não é um local histórico, embora seja uma vila antiga e venerável. 

Não é o local de eventos históricos importantes, embora sua arquitetura reflita as memórias de séculos passados, talvez dai o clima alegre e feliz!!!!.

É acima de tudo um lugar mágico, onde os mais diversos óxidos das areias ocre se combinam em incontáveis ​​tons. 

As cores brilham na paisagem circundante, nas lavagens das casas antigas, numa pintura trompe l’oeil (Trompe-l’oeil é uma técnica artística que, com truques de perspectiva, cria uma ilusão ótica que faz com que formas de duas dimensões aparentem possuir três dimensões ) num portão ou numa parede.

Roussillon oferece inúmeros detalhes para o olho observador ou para o aguçado e carente olho turístico. Assim o que vale a pena é uma visita tranquila e sem pressa.

Classificada entre as “MAIS BELAS ALDEIAS DA FRANÇA”, (les-plus-beaux-villages-de-france),  esta cidade mágica é um labirinto de pequenas ruas e praças pitorescas. 

A renderização de ocre tradicional é usada em toda a vila – fornecendo resistência ao calor e ao sol para as casas ensolaradas. 

 O resultado fornece um contraste colorido contra os ciprestes verdes exuberantes que se erguem diretamente entre as casas

 Os tons variam de amarelos suaves dourados, passando por rosa pastel e vermelhos profundos queimados.

No dia da nossa visita estava quente. início da primavera, a vila fervilhava silenciosamente com os moradores locais a caminho da boulangerie (padaria) e nós na frenética busca por uma sorveteria…

Éramos os primeiros turistas da temporada – nós os primeiros e ansiosos para conhecer tudo ao nosso redor, mas não descartando o famoso ditado…. Sombra e água fresca….kkkk.

Os depósitos de ocre de Roussillon não foram importantes apenas para a construção das casas da aldeia. 

A mineração de ocre é a principal atividade econômica da região desde o século XVIII. 

Grandes quantidades foram extraídas até meados do século 20, quando as minas foram fechadas gradualmente nesta área. 

Hoje em dia a mineração de ocre é proibida para proteger a história natural do local. 

Enquanto isso, o turismo assumiu o papel como propulsor da indústria.

NÃO PODÍAMOS DEIXAR A LENDA :

Lady Sirmonde e Lord Raymond d’Avignon viveram no castelo em Roussillon. Guillaume de Cabestan, filho do Senhor de Cabestan nos Hautes Alpes, foi contratado no castelo de Roussillon para trabalhar como pajem e como aprendiz de um cavaleiro, a fim de aprender os caminhos da cavalaria.

Raymond d’Avignon, que era um caçador ávido, preferia a companhia de seus cavalos e caçadores, e muitas vezes deixava sua esposa sozinha. 

E com o tempo, Dame Sermonde e Guillaume se apaixonaram.

As canções do jovem pajem tornaram-se mais insistentes e óbvias e os criados do castelo relataram suas suspeitas a Lord Raymond d’Avignon.

Querendo saber mais sobre a situação, Lord Raymond convidou o jovem Guillaume para uma. Para não trair Dame Sermonde, Guillaume disse a Lord Raymond que de fato estava apaixonado, mas pela irmã de Dame Sermonde, Agnès.

Para ter certeza, Raymond d’Avignon decidiu viajar para a cidade vizinha de Tarascon, com Guillaume, a fim de ter a confirmação da história de Guillaume. 

Agnès a irmâ de Dame Sermonde rapidamente entendeu tudo o que estava em jogo e, para salvar os dois amantes, ela jogou junto. .

Dame Sermonde soube das ações do marido e ficou furiosa com o comportamento dele e indignada porque seu amor por Guillaume não foi reconhecido. 

Ela exigiu que Guillaume contasse sua história em uma de suas canções.

Ai…. Guillaume cantou sobre o amor deles e, ao ouvir a verdade, Raymond d’Avignon ficou furioso e se vingou

Durante uma caçada, ele esfaqueou Guillaume nas costas, cortou sua cabeça e arrancou seu coração. Ele voltou ao castelo com o coração e pediu ao cozinheiro que o preparasse com um molho picante.

Dame Sermonde deliciou-se com o prato, até que seu marido a informou que ela acabara de comer o coração de seu amante. “Seigneur”, ela disse, ‘você me deu uma boa refeição, nunca mais provarei qualquer outra coisa novamente’.

Percebendo que estava fora da jogada e que sua esposa já estava fora de seu controle, Raymond d’Avignon desembainhou sua espada para dar fim ao “caso”….

Mas Dame Sermonde fugiu do castelo e se dirigiu para a beira de um penhasco de onde se jogou…..

Reza a Lenda, que seu sangue coloriu todas as terras ao redor e que uma fonte jorrou no ponto em que tocou o solo....

A IGREJA SAINT MICHEL

A igreja está localizada no topo da aldeia dentro das fortificações. Boa subida, mas vale a pena…. sobe, para, sobe, para, sobe,,,,, e sobe….kkkk

No final do século XI e durante a primeira metade do século XII, a igreja da aldeia foi reconstruída. 

É dedicada a São Miguel Arcanjo, padroeiro da vila.

A fachada como a conhecemos hoje data do século XVII.

O escultor Roussillonnais, Alexis POITEVIN, criou inúmeras obras de arte em 1791, incluindo as fontes batismais, estátua de madeira de São Miguel e Imagens de Cristo na Cruz que agora estão listadas como obras da Igreja de Roussillon.  

CHEKOUT:

Com uma beleza única que inspirou os aclamados artistas franceses Jean Cocteau e Pierre Ambrogiani, entre outros, Roussillon é uma vila que você não vai querer perder. Inclua este presente em sua próxima visita à Provença.

Roussillon ainda consegue se destacar na multidão das Mais Belas Aldeias das encostas. Isso se deve em grande parte a sua paisagem, uma paleta de cores exclusivas que decorre dos depósitos ocre que o cercam.

Como não apaixonar????

Veja todas aquelas casas pintadas em tons de terra ora mais para o alaranjando, ora mais avermelhado, esse contraste com o verde vivo das vegetações é lindo demais.

Falando dos amantes e artistas:

“Quem não gostaria de Roussillon, se eles amam luz, cor, ardor, horizontes vastos e aquela paz imaculada das noites estreladas do sul?” “Marie Mauron”.

Referencia: http://www.roussillon-en-provence.fr/

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